Suape terá R$ 9 milhões para ações ambientais

A Refinaria Abreu e Lima e o Governo do Estado assinaram, ontem, durante reunião dos secretários com o governador Eduardo Campos, convênios de quase R$ 9 milhões para investir em ações no Complexo Industrial Portuário de Suape. Serão construídos um centro de tecnologia ambiental, um museu arqueológico e um núcleo de ensino e pesquisa, além da instalação de equipamento para monitorar a qualidade do ar no porto. Os convênios foram assinados com a Fundação Apolônio Salles (Fadurpe), ligada à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) e com o complexo.Do convênio com o Porto de Suape virá um investimento de R$ 5,2 milhões para a implantação de um viveiro de mudas de árvores nativas, do centro de tecnologia e do cinturão verde da refinaria, que demandará 50 mil mudas. No viveiro, serão cultivadas 400 mil mudas, que além do empreendimento, atenderá todo o complexo. “Irá suprimir a demanda da refinaria e do porto. As obras do centro serão iniciadas na próxima semana”, disse o diretor presidente da refinaria, Marcelino Guedes. Do total, R$ 3 milhões são da refinaria e R$ 2,2 milhões de Suape.

“O investimento não é só para melhorias da economia pernambucana, mas para resgatar uma dívida ambiental da região”, discursou Eduardo Campos. O convênio com a CPRH, no valor de R$ 2,59 1 milhões, servirá para a implantação de três estações que controlarão a qualidade do ar da refinaria. Segundo o presidente da agência, trabalharão, no local, os profissionais contratados no último concurso realizado. Com a Fadurpe, foram repassados R$ 855 mil, para a construção do museu onde serão expostas as peças arqueológicas encontradas durante a obra da refinaria.

Com o início das atividades previstas para 2010, a refinaria deverá processar 230 mil barris por dia, dos quais 100 mil viriam da Venezuela e o restante da Bacia de Campos (SP). A estatal venezuelana, PDVSA, tem até o dia 17 para definir sua participação. Fontes do Estado levantam a possibilidade de que, sem a participação da Venezuela, o custo da refinaria deverá cair, pois o refino do seu petróleo é mais caro, por ser mais grosso que o brasileiro.