Novo ministro da SEP, Edinho Araújo diz que arrendamentos, em análise no TCU são prioridade

Nomeado pela presidente Dilma Rousseff como novo ministro chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR), o deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP) recebeu o cargo na manhã desta sexta-feira (02) do ministro César Borges, com quem já vinha discutindo a transição. O ato solene foi às 10h, em Brasília, na presença de convidados, como o líder do PMDB Eduardo Cunha, o ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha, de deputados, empresários e funcionários da pasta. Edinho estava acompanhado da esposa Maria Elza.

Na cerimônia, César Borges despediu-se do cargo destacando a “capacidade e experiência” do novo ministro. Em discurso, Edinho Araújo deu o tom do que pretende fazer no comando dessa pasta, considerada estratégica para tornar o Brasil mais competitivo e movimentar a economia.

“Espero ser à frente do Ministério de Portos um gestor global, um arquiteto da capacitação dos portos para o mundo de amanhã. Não estarei limitado ao resultado para o Brasil dos próximos quatro anos, mas com o olhar voltado para o futuro desta nossa grande Nação”, afirmou o ministro.

Edinho Araújo estabeleceu como prioridade solucionar os arrendamentos de áreas portuárias junto ao Tribunal de Contas da União e as pendências que emperram a nova Lei dos Portos, aprovada pela Câmara Federal e sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 2013. O ministro também defendeu a busca pela competitividade e uma “sinergia entre os modais de transportes rodoviário, ferroviário, hidroviário, portuário e aeroportuário”.

Principais trechos da fala do novo ministro:

“O Brasil tem pressa e sabemos que a atividade portuária é fator crucial no avanço para o desenvolvimento. Estou aqui, caríssimo ministro César Borges, para continuar o seu trabalho que foi intenso, como tem sido toda a sua vida pública. Espero honrar a confiança da presidenta da República, Dilma Rousseff, do vice-presidente da República, Michel Temer, do líder Eduardo Cunha, que aqui representa a Bancada do PMDB na Câmara”.

“Sou político e me honra muito quando me chamam e me apontam pelo fato de sê-lo. Não se constrói uma Nação, e aqui estou falando para pessoas que entendem da necessidade do fortalecimento da política como atividade cidadã, sem instituições fortes, aí incluídos o Congresso Nacional, a Justiça e o Poder Executivo”.

“Devo neste momento fazer referência ao PMDB que me proporcionou estar aqui hoje. Sem partidos fortes, como o PMDB é, não existem candidatos nem candidaturas e muito menos deputados eleitos. Devo muito ao Partido e às suas principais lideranças. É preciso reverenciar homens como Ulysses Guimarães, Michel Temer, Roberto Rollemberg e tantos outros que construíram a grandeza do nosso PMDB, o velho Manda Brasa. Aos tolos, um recado: não existe democracia e nem República sem partidos políticos”.

“Quero dizer que desafios não me faltaram nestes meus 42 anos de vida pública. Desde a primeira eleição que disputei, com apenas 23 anos de idade, tracei uma prioridade para minha vida: acreditar na boa política, aquela que constrói pontes entre a cidadania e os governantes. Enfrentei e superei inúmeros obstáculos nesta longa estrada. Ao assumir o cargo de ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidência República, quero dizer que sei dos desafios que me esperam. Trata-se de uma pasta estratégica, setor vital para impulsionar a atividade produtiva e facilitar as exportações. Vencer a burocracia, baixar preços e destravar onde for preciso os portos brasileiros são as necessidades que se impõem. Quanto mais eficientes e competitivos formos nessa área, menor será o custo Brasil. Há, também, gargalos importantes no acesso aos principais portos do Brasil. Não é possível disputar espaço no mercado internacional se não tivermos a capacidade de escoar os produtos dentro de prazos e custos razoáveis”.

“Há demandas imediatas e urgentes a resolver, como colocar em prática a Lei Geral dos Portos (aprovada na Câmara por nós e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff) e o Programa de Arrendamentos portuários, ambas sob exame do Tribunal de Contas da União (TCU).É importante dizer que a expansão e a modernização da infraestrutura dos portos brasileiros dependem de investimentos diretos da União e de parcerias estratégicas com o setor privado, além de uma sinergia entre os modais de transportes rodoviário, ferroviário, hidroviário, portuário e aeroportuário”.

“Procurarei o diálogo que constrói de forma intensa com os trabalhadores do setor e com a Antaq, nossa agência reguladora, cuja proximidade fará com que tenhamos juntos o cuidado necessário na administração dos interesses portuários brasileiros. Quero reconhecer de público o esforço do ministro César Borges, que deixa a pasta, contribuindo para que a transição ocorresse da melhor maneira possível. Estou me inteirando de todos os projetos em andamento, pendências, cronogramas, planejamento futuro, enfim, tudo o que diz respeito à pasta”.

“Espero ser à frente do Ministério de Portos um gestor global, um arquiteto da capacitação dos portos para o mundo de amanhã. Não estarei limitado ao resultado para o Brasil dos próximos quatro anos, mas com o olhar voltado para o futuro desta nossa grande Nação. Deus não nos faltará. Muito obrigado”.