Funcionários do Porto de São Francisco fazem paralisação

A falta de acordo entre os arrumadores portuários e as empresas operadoras levou à paralisação das atividades no porto de São Francisco do Sul nesta quinta-feira. Desde às 8h, os cerca de 270 funcionários que compõem a categoria estão com os braços cruzados. Eles exigem que 18 traba­lhadores sejam contrata­dos pela média salarial defendida pela categoria, de cerca de R$ 2.970. O Sindicato dos Operadores Portuários sustenta que a o valor é muito acima do praticado no mercado.

Na tarde desta quinta-feira, trabalhadores e empresários sentaram mais uma vez para con­versar, mas não houve acordo. Os operadores ofereceram a manutenção do acordo coletivo e a reposição do Índice Nacio­nal de Preços ao Consumi­dor (INPC), avaliado em 7,15%.

  O sindicato dos arrumadores está irredutível. Acenamos com a renovação da convenção coletiva e a reposição da inflação, mas eles não querem fechar acordo por causa de 18 trabalhadores – disse Roberto Lunardelli, presidente do Sindicato dos Operadores Portuários.

De acordo com ele, a categoria não tem piso estabelecido e a contratação oferecida pela empresa é prevista em lei.

Eles colocaram uma média salarial extrema mente alta, e o mercado não quer pagar por isso. Estamos dispostos a negociar. Queremos resol­ver isso no menor espaço de tempo possível — disse Lunardel li.

O presidente do Sindicato dos Arrumadores de São Francisco do Sul, Edson de Oliveira, diz que vai manter a greve até que haja uma proposta mais interessante por parte dos operadores.

— Pode haver reunião há qualquer momento — disse.

De acordo com o Terminal Santa Catarina (Tesc), dois navios ficaram para­dos em função da greve. Um deles, no porto públi­co, deixou 280 Contêineres sem movi­mentação. Na outra em­barcação, 29 contêineres ficaram parados. A cada 24h que o porto de São Francisco do Sul deixa de trabalhar, 1,6 mil contêineres deixam de ser movimentados.

Até as 7h30min, houve movimentação e dois navios que estavam carre­gados desde a noite de quarta-feira seguiram viagem. De acordo com Lunardelli, há seis anos não havia paralisação parecida no porto de São Francisco do Sul.