Decisão do STF pode por fim aos benefícios fiscais

 

Uma súmula vinculante proposta pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode impedir e concessão de qualquer benefício fiscal que não seja autorizado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A ideia, que está em fase de consulta pública até sexta-feira, pode não só dificultar a concessão de novos benefícios, como tornar os que valem, hoje, inconstitucionais – e afetaria não só a importação, mas toda a economia do Estado.

 

– (A situação) Pode piorar porque haverá a proibição de concessão de qualquer benefício, não apenas os ligados à importação – diz o secretário adjunto da Fazenda, Almir Gorges.


COMPROMISSOS


O que cada envolvido pretende fazer:


– Governo estadual: melhoras na infraestrutura e no setor portuário. O dinheiro para os investimentos virá de empréstimos que estão sendo acertados com o BNDES


– Itajaí, Navegantes, Imbituba, Itapoá e São Francisco do Sul: as prefeituras das cidades portuárias se comprometeram em reduzir o ISS de 3% para 2%


– Portos: investimento em medidas para se tornarem mais ágeis e discutir a flexibilização das tarifas


– Senadores: pressionar o governo federal para a liberação dos empréstimos do BNDES que servem de compensação pela Resolução 72


– Deputados federais: cobrar por obras de infraestrutura e pelas compensações prometidas pelo governo federal


– Grupo de trabalho criado ontem: trabalhará para impedir que as empresas instaladas no Estado e que dependem de importações deixem SC. A comissão é presidida pela Secretaria da Fazenda e também conta com as secretarias de Desenvolvimento, Infraestrutura, portos, Fiesc, Fecomércio, sindicato das trades e Associação Brasileira de Comércio Exterior


QUEM PERDE COM A MUDANÇA


– Com menos cargas destinadas aos portos, diminui o trabalho das empresas de logística


– Os agentes marítimos terão menos tratativas com os armadores


– Os portos passam a receber menos carga e diminui a receita. Com menos importações, aumenta o custo do frete das exportações


– Estivadores e conferentes, que ganham por produção, passam a movimentar menos cargas


– Empresas de despacho aduaneiro terão menos cargas para liberar


– O terminal retro portuário deixará de armazenar as cargas e de receber por estas armazenagens