Ministro anuncia retomada de obras do porto de Vitória

 

O ministro dos Portos, Edinho Araújo, anunciou, na última sexta-feira (7), a retomada das obras de dragagem e derrocarem do canal de acesso ao Complexo Portuário que envolve a capital do estado e Vila Velha, o Porto de Vitória. A previsão é de o serviço, que estava parado há 9 meses, seja retomado na próxima semana.

 

O anúncio foi feito no Palácio Anchieta, em Vitória, após o ministro participar de reunião com o governador Paulo Hartung.


As obras, que tinham um custo previsto de R$ 85,6 milhões, sofreram um aditivo de 18,09%, totalizando R$ 128 milhões.


Com as obras de expansão, o canal de acesso, a bacia de evolução e os berços de atracação de navios irão de aproximadamente 9,8 para 14 metros de profundidade.


De acordo com informações da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), ainda é necessário retirar 115 mil metros cúbicos de pedras do fundo do mar, e já foi feita a detonação de mais de 100 mil, estando agora no final dos trabalhos de derrocagem. As obras começaram em maio de 2012.


“Essa é uma obra estruturante e essencial para chegada e saída dos navios que cada vez mais transportam uma quantidade maior de cargas. Esse complexo portuário é importante para o Estado e para o país. As retomadas das obras já estão autorizadas com previsão de término no primeiro semestre de 2016 e investimentos da ordem de R$ 128 milhões”, anunciou o ministro Edinho Araújo.


Com a dragagem e a derrocagem, o complexo poderá receber navios de até 244 metros de comprimento, largura de 32,3 m e calado de 12,04 m, que são considerados navios médios, muito usados no transporte de grãos e contêineres.


O navio-tipo do porto de Vitória está dentro do patamar de capacidade aproximada de 3.500 TEUs (contêiner) ou 70.000 DWT (granel sólido).


Acompanhe a história das obras do porto


1998

Em dezembro de 1998, a Codesa e a Enterpa Engenharia assinaram contrato para a dragagem da Baía de Vitória.


2000 e 2001

A obra foi considerada irregular pelo TCU. Em 2001, a Codesa assinou a repactuação do contrato.


2002 e 2004

Foi liberada verba para a conclusão da dragagem e ampliação da retroárea do porto. Em 2004, foi detectada uma rocha, que ficou exposta durante a retirada de material do fundo do mar e atingiu a draga que fazia o serviço.


2005

A promessa era de que as obras de explosão de rochas e dragagem seriam feitas entre 90 e 120 dias.


2006 e 2007

Apesar da dragagem ter sido concluída em 2006, ao ser feita a batimetria (medição da profundidade) constatou-se 12 pontos de restrição, onde a profundidade de 12,5m não foi atingida.


2009 e 2010

Um projeto para uma nova dragagem foi licitado. Mas as obras foram interrompidas pelo TCU por sobrepreço.


2012

O projeto para dragagem foi retomado dentro do PAC 2, visando ampliar para 14,5 metros a profundidade do porto e do canal de acesso.


2013

Promessa de que as obras de dragagem seriam concluídas em dezembro.


2014

Uma nova promessa de conclusão: final de 2015.


2015

Paralisadas há cerca de nove meses, a Codesa admitiu que só em 2016 as obras serão concluídas.