CURSOS PORTUÁRIOS TERÃO PELA PRIMEIRA VEZ PLANEJAMENTO DE 3 ANOS

A partir do próximo ano, o trabalhador que atua no porto de Santos terá capacitação continuada e ainda mais específica para o setor em que vai atuar. O tradicional Programa do Ensino Profissional Marítimo, destinado à capacitação do Trabalhador Portuário Avulso (Prepom-Portuário) terá, pela primeira vez, um planejamento que valerá por três anos.

As alterações foram discutidas na última quinta-feira(10) durante a primeira edição de um workshop criado para aprimorar o Prepom, otimizar recursos e atender a demanda que existe no cais santista. Ele reuniu representantes do Orgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), da Marinha do Brasil e dos operadores portuários.

A união entre os interlocutores (empresas, trabalhadores e Marinha, que é a realizadora do programa) é o principal benefício desta nova etapa de cursos de capacitação, de acordo com o diretor-executivo do Ogmo, Querginaldo Alves de Camargo. Segundo ele, a convergência de intenções fará com que a capacitação seja aprimorada.

“O Preprom com esse adiantamento vai oferecer continuidade na capacitação dos trabalhadores. Estamos com um intervalo grande, mas a ideia é que possamos, todos os anos, nos reunir para melhorar o do ano seguinte”, explica Camargo.

Atualmente, o Prepom é financiado pelo Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo da Marinha do Brasil e, por isso, fica dependente do repasse de verbas do Governo Federal. Enquanto, no ano passado, o valor liberado ultrapassou os R$ 2,4 milhões, este ano atingiu apenas R$ 500 mil.

“Estamos fazendo um Preprom planejado, com objetivos e a tempo de fazer mudanças se forem necessárias”, destaca o capitão de corveta Rogério Roque, chefe do departamento do Ensino Profissional Marítimo da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP). Entre os assuntos discutidos, está a participação da iniciativa privada para garantir a agenda do programa pelos próximos três anos.